O meu bom amigo Josh Hasten avisou-me deste relato que aparecia, poucas horas atrás, na web do The New York Times neste endereço:


O ataque dum machado mata a um adolescente no West Bank

Um atacante portando um machado matou a um adolescente israeli e feriu a um rapaz num assentamento do West Bank, disseram fontes oficiais.


Reformulando o seu comentário, o titular basicamente faz sua uma presuposição que desafia às leis físicas: que um machado, pelos seus próprios meios, teria saído flotando pelo ar, movido pela sua própria vontade –dado que era um “ataque”- e teria matado a uma pessoa. Se um mira a notícia por riba, ficando só com o titular, o facto de que o machado fosse portado por uma pessoa poderia ter ficado no olvido.

Aínda mais, o titular cisca-se numa das máximas do jornalismo, o “quem”. Passa por alto que se tratava dum atacante árabe.

Fum e comprovei a URL referida, mas encontrei isto em vez do dito (agora tenho o permalink ali):

Ministro israeli interrogado pela polícia


Avigdor Lieberman, o novo Ministro de Assuntos Exteriores de Israel, foi interrogado pela brigada de fraude nacional durante mais de sete horas o Joves, dacordo com um portavoz policial, e como parte duma investigação que se vem desenvolvendo pela suspeita de suborno, lavado de dinheiro e corrupção.


O mesmo Joves, um palestiniano portando um machado matou a um rapaz israeli, de 13 anos, e feriu a outro, de 7, num assentamento judeu do West Bank, antes de emprender a fuga, segundo manifestaram testemunhas e as autoridades israelis.


Duma banda, o atacante é identificado e o machado volve ser um instrumento inanimado –não uma pessoa. Mas o titular e o parágrafo principal centra-se em Avigdor Lieberman. A investigação seguida contra este, em questão de horas, torna-se mais importante que um assassinato, o terror e a dor.



YISRAEL MEDAD

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