É singelo desmascarar aos esquerdistas: simplesmente cumpre fazer ver que as suas políticas são sempre soluções circunstanciais, amiúde contraditórias entre sim. A isso acrescentade-lhe que as suas propostas descansam no terreno dos bons sentimentos, mas sem base histórica alguma. Os esquerdistas repúdiam os nossos valores –como qualquer valor que seja firme, dado que os princípios firmes contradizem-se com o seu agir haitual. E, como mínimo, o espectador começará a duvidar dos postulados da esquerda.
Mais dificil resulta com os haredim, especialmente com a secta ánti-sionista dos judeus seguidores de Satmar. Para além da sua questionável interpretação talmúdica do imprudente regresso à Terra Prometida utilizando a violência, os seus argumentos têm uma base bastante sólida. O Estado israeli realmente existente é abominável: socialista, militantemente ateu, oposto à tradição e valores judeus, promotor dum confuso argot sustitutivo do precioso hebreu bíblico, amável com os gentis, occidentalizado, e inseguro. Os judeus têm mais fázil levar uma vida guiando-se pelos patrões judeus baixo qualquer jurisdicção muçulmã. Historicamente, os judeus viveram de maneira amizosa com os muçulmãos: inclusso as sobre-taxas que aplicam aos dhimmies são menores que as que temos que pagar
Durante os últimos 2.500 anos, os judeus viveram como uma autonomia administrativa. No mundo antigo, isso era denominado “protectorado”, mas em essência é o mesmo: uma comunidade com auto-governo controlada por um poder externo competente em assuntos militares e de relações internacionais. Postos a fiar fino, a protecção oferecida pelos Romanos era mais solvente que a dos EEUU. Israel padecia invasões permanentes dos inimigos, inclusso na época dos exércitos a pé e dos micro-Estados que a circundavam. Na nossa era de unidade militar dos países árabes contra Israel, as opções dos judeus de manter a sua soberania são aínda menores.
Os judeus jamais chegaram a possuir na sua totalidade o território de Eretz Israel, e os religiosos judeus nunca controlaram o Estado. Inclusso nos tempos da monarquia, a idolatria estava muito extendida, agás nos breves períodos em que estivemos regidos por Reis honrados. Os gregos tiveram cidades
O autêntico Templo, onde D’us reside na Terra, já não existe. O Segundo Templo que o reempraçou era um lugar de oração como qualquer outro, na medida em que carecia da imensa santidade que outorgava a Arca Sagrada. É inimaginável que D’us se revelasse aos corruptos sumos sacerdotes do Templo de Herodes.
O pensamento judeu floreceu no Exílio. A criatividade nacional sempre recebe um estímulo em circunstâncias adversas; a Era Dourada da literatura russa coincidiu, não em váu, com a opressão zarista. O Exílio fixo que os judeus desenvolvessem notavelmente a sua inteligência; a agudeza mental foi uma característica positiva nessa evolução, de pura e dura supervivência. Tudo isso cambiou com Israel, quando os judeus já não tiveram necessidade de competir com os duros antagonistas gentis.
Os judeus trataram de reconstruir o Templo e o Estado em várias ocasiões durante a época do Exílio, sempre sem éxito. O intento actual é diferente: Israel já tem exprimido totalmente a Diáspora, as judarias europeias e do meio leste, assim como a dos EEUU, não perdurarão demassiado ante a brutal acometida da assimilação. Assim que, se este último intento é falhido, presenciaremos uma emigração massiva de israelis no melhor dos casos e um progressivo contingente de refugiados no pior. Os haredim, que vivem em Jerusalém ou perto de ela, não quererão serem branco dum ataque nuclear contra Israel.
Assim que os haredim ánti-sionistas têm razão
A minha única resposta certa contra eles é que um judeu debe ser leal à sua nação, para bem ou para mal.
Isso, sem embargo, é refutado por aquilo de: “Não sigas à multidão pelo caminho do Mal”.
OBADIAH SHOHER
10 Shevat 5769 / 4 Fevereiro 2009
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