UM KAHANISTA NAS LISTAS DA ICHUD LEUMI


Numa entrevista em Yedioth Ahronot, Michael Ben Ari da plataforma Ichud Leumi, proclamou o seu apoio ao programa do Rabbi Meir Kahane de expulsar aos árabe-israelis e proibir o esquerdismo colaboracionista na Knesset. Uma semana antes das eleições, Ben Ari calcula ingenuamente que a Corte Suprema não terá tempo de desqüalificá-lo por incitação.


A eleição de Ben Ari suporia a primeira vez desde 1984 que um kahanista entra na Knesset. O que seria uma grande notícia.




Velaqui a entrevista:






MICHAEL BEN ARI: KAHANE TINHA RAZÃO




O Dr. Michael Ben Ari, No. 4 do partido mais nacionalista que concorre à Knesset, propõe a expulsão dos árabes a países como Venezuela e Turquia, sugire a ilegalização do colaboracionismo esquerdista na Knesset, e acredita na reconstrucção do Templo em Jerusalém.


A escasos oito dias para a celebração das eleições gerais, e com as enquisas pronosticando um promédio de quatro assentos para a União Nacional, o Dr. Michael Ben Ari –número 4 da lista e pessoa que se define como estudosa e seguidora de Kahane- é muito provável que acceda às bancadas do Parlamento israeli.


Numa conversa com YNET, Ben Ari apresentou a sua proposta para resolver o problema dos árabe-israelis, manifestou que não estaria entre os que na Knesset apostam por negociar com os palestinianos, e explicitou o seu apoio aos soldados que se rebelam contra determinadas ordes.


“Não sou o único que representa ao Rabbi Meir Kahane. Ele está presente no discurso de muita gente hoje em dia, tanto dentro como fóra da Knesset”, afirmou Ben Ari. “Por exemplo, o dirigente de Israel Beitenu, Avigdor Lieberman, disfarça-se de kahanista para lograr mais escanos, o likudnik Limor Livnat, também tem um discurso que soa muito kahanista, e todo o mundo está dacordo na necessidade de achar uma solução ao problema dos árabe-israelis, tema que no seu momento era um tabu”.


“O dito de ‘Kahane tinha razão’, já é um lugar comum utilizado por muita gente. De facto, podemos observar como quase tudo o que o Rabbi Kahane promoveu 24 anos atrás se tem convertido no eixo central desta campanha eleitoral”, acrescentou.


Ben Ari explicou que o seu plano consiste em “abrir uma faixa humanitária” que permita que os árabes se assentem em lugares como Turquia ou Venezuela, e lograr um apoio económico internacional para subsidiar a sua aclimatação nos seus novos países de residência.


Perguntamos-lhe: “Refere-se você a toda a população árabe de Israel?”.


“Suponho que não todos eles serão os nossos inimigos. Os drusos, por exemplo, são muito leais e não são hostis. Mas que dizer dos árabes de Umm al-Fahm, que se dedicam a bailar sobre os telhados quando os judeus são assassinados? O que eu proponho não é razismo nem crueldade, senão necessidade de supervivência. Trata-se de eles ou nós. Se somos agradáveis com eles e seguimos com os sonhos da “coexistência”, acabarão conosco”.


Dacordo com Ben Ari, o tránsfer dos árabes é uma pequena parte da proposta de Meir Kahane. Entre os seus outros objectivos está derrogar, durante o mandato da próxima Knesset, o mandato da Corte Suprema:

“Dorit Beinish tem que ser a última presidenta da Corte Suprema que represente a hegemonia esquerdista em Israel. O próximo presidente deverá ser eligido numas eleições que representem a opinião da maioria dos israelis”. A isto acrescentou que “a Corte Suprema deverá estar conformada por juristas sensíveis aos pontos de vista maioritários do povo de Israel, deverão agir a favor dos judeus e dos soldados das IDF, cujas vidas são mais valiosas que as de outros”.


Ben Ari sublinhou que o seu partido não será partícipe dum Governo que intente promover negociações diplomáticas com Síria ou os palestinianos. “Agardamos que Netanyahu construa um Gabinete que reforze os assentamentos e ponha fim ao asédio imposto às comunidades de Judea e Samaria nos últimos anos”, sentenciou.


Ao ser perguntado pelos seus pontos de vista sobre a actual situação Monte do Templo, Ben Ari dixo que a União Nacional promoveria a soberania judea e a halajá nesse lugar.


“A realidade no Monte do Templo é uma das maiores expressões da debilidade do Estado de Israel, e acredito que quem controle o Monte do Templo controlará Israel”, dixo.


“No que respeita à reconstrucção do Templo, os rabinos do partido decidirão quando e como deverá ser abordada. A minha opinião pessoal é que se trata duma mitzvá, construir uma casa para D’us e oferecer sacrifícios ali. E, portanto, debe ser levada a cabo, como qualquer outra mitzvá”.


No que se refire à questão dos soldados que desobedeceram as ordes de evacuar os assentamentos, Ben Ari afirmou de modo inequívoco, que nesse caso a desobediência é uma obriga. “Existe uma halahá específica do Rabino Shapira que diz que um soldado não debe evacuar assentamentos na Terra de Israel. Eu estou orgulhoso dos meus estudantes, que rechaçaram formar parte na expulsão, sendo encarcerados por isso. A predisposição a cooperar em qualquer coisa que têm as IDF constitui um grave erro”.


Perguntado pelo rechaço da esquerda, manifestou: “A comparação entre os que amamos a Israel e os objectores conscientes como Yesh Din [Nota: organização esquerdista de direitos humanos], que têm renunciado a formar parte do Povo de Israel e colaboram com o inimigo, é insultante”.



Publicada em YEDIOTH AHRONOT



8 Shevat 5769 / 2 Fevereiro 2009

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