A ONU pretende tipificar como acto criminal o menospreço ao Islám –e que se passa com os regimes árabes ou islâmicos que menospreçam ao judaísmo?. E que dizer do Corám, que se refere aos judeus como “cães” e “porcos”?
Mentres, graças ao Departamento de Estado Norteamericano, já não é correcto que a CIA ou o Departamento de Seguridade Nacional falem de “terrorismo islâmico”. A Administração Obama tem inventado um encantador eufemismo para referir-se ao terrorismo: “Desastre atribuível ao homem”. Bem, pois joguemos a esta variante do politicamente correcto.
A Shoá foi um “Desastre atribuível ao homem”. Os que perpetraram este desastre foram os alemães. O Credo destes alemães chama-se Nacionalsocialismo ou Nazismo. Mas, para sermos politicamente correctos, não devemos qualificar a este credo como “malvado”, do mesmo modo que não podemos qualificar um desastre natural ou um terremoto como “malvado”.
Para sermos politicamente correctos, não podemos qualificar nada como “malvado”. A semente desta doutrina remonta-se até o filósofo do século XVII Thomas Hobbes, o pai do relativismo moral. Velaqui o que dizia Hobbes na sua obra “Leviathan”:
“Qualquer que seja o objecto do apetito ou desejo humano, este denominará-o “Bem”, assim como ao objecto da sua aversão ou ódio ‘Mal’”.
Essas palavras, “bem” e “mal, dependem sempre da pessoa que as utilize: a destrucção do World Trade Center –que rematou com a vida duns 3.000 seres humanos- foi um “Desastre atribuível ao homem”. Atribuir o desastre a um credo, nomeadamente o Islám ou o fundamentalismo islâmico, é politicamente incorrecto e indicativo de islamofóbia.
Orwell teria denominado a esta metamorfose de “terrorismo” em “Desastre atribuível ao homem” como “jerga”. Outros como “subversão semântica”. Em todo caso, surgem algumas questões.
Primeira: quem são os que cometem a imensa maioria destes Desastres atribuñiveis ao homem? Têm alguma característica distintiva, seja étnica ou religiosa? Se não é assim, como reconhecê-los e evitar que causem mais Desastres atribuíveis ao homem?
Segunda: suponde que os Desastres atribuíveis ao Homem são levados a cabo por aqueles que identificam aos occidentais com o “mal”, mas que os occidentais não identificam com o “mal” àqueles que cometem eses Desastres atribuíveis ao homem? Se tudo é equiparável, num conflito entre ambos, que bando leva todas as de ganhar?
Terceira: a resposta à anterior questão conduz a outra: Foi a eleição de Barck Obama um Desastre atribuível ao homem?
PAUL EIDELBERG
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