PESAJ, A FESTA DA VINGANÇA


Noite de Seder, véspera de Pesaj. A família judea, tendo sido informada pelo pequeno que vai à “escola religiosa” que os judeus celebram Pesaj com uma comida festiva, ou quiçá tendo escuitado que o rabino da sinagoga ou o comitê judeu local proclama que Pesaj comemora a luta de libertação nacional de todos os povos e a irmandade do gênero humano (o amor entre gentis e judeus), está disposta arredor da mesa. A habitação está cheia de gente, incluíndo convidados gentis que disfrutam da exótica forma de celebrar dos judeus. A família está equipada de Jagadás para fazer as coisas “adequadamente”. Rematam a ceia e o excitado jovem (Scott, Brian, Kevin, ou algum outro nome familiar “judeu”) diz entusiasmado: “É a hora de abrir a porta a Elijah, para que entre em cada fogar judeu”. Os pais sorrim; os gentis sorrim –tudo é tão semelhante à festa de Santa Claus!. E, por suposto, todos levantam-se mentres o rapaz corre a abrir a porta. Os judeus e os gentis, recitam as palavras prescritas na Hagadá, as bíblicas palavras dos Salmos, que proclamam:

Derrama a tua ira sobre os gentis que não te reconhecem, e sobre os reinos que não invocam o teu nome. Porque devoraram a Jacob, e assolaram as suas moradas. Derrama a tua fúria sobre eles e deixa que a tua ardente ira os inunde. Persegue-os com enoxo e destrue-os de baixo dos céus do Senhor”.

Meus D’us! Que pensarão?! Que pensarão os gentis congregados, ante esta letania de ira e, por riba de tudo, de vingança?! Uma pregária directa chamando ao Todopoderoso a vingar-se sobre os gentis, a destrui-los pelo que figeram a Israel! É isto judaísmo? E não nos dissera o “rabino”, esse intérprete da vontade judea, essa fonte de conhecimento judeu, que os judeus se devem opôr à vingança por ser um conceito não-judeu? E que isso é o que faz que às vezes devamos nos avergonhar dos “excessos” do exército israeli? E, sobretudo, que pensarão John e Kathy, os vizinhos judeus, dos judeus? De nós?

Ah, pobres judeus; tristes e ínfimos judeus. Concebidos na ignorância e nascidos no analfabetismo judeu. Crescidos na democracia jeffersoniana, kennedyana e jacksoniana (Jesse?), e nesta occidentalizada e gentil cultura que são os EEUU de Norteamérica, e mentido, enganado e defraudado pelos vossos seculares dirigentes, pelos reformistas-conservadores-reconstruccionistas. Gentes cuja ignorância é tão impresionante que só a sua fraudulência é capaz de superá-la. O fraude edificado pelos falsificadores do Judaísmo é incomesuravelmente formidável. Mintem aos judeus porque não são capazes de enfrontar-se eles próprios com a verdade.

A vingança algo contrário ao judaísmo? De ser assim, a Bíblia e o Talmud são não-judeus. “O Senhor é um D’us de vingança; Oh D’us da vingança, ergue-te! (Salmo 94). E os rabinos dizem: Sim, quando a vingança é necessária é uma grande coisa (Berajot, 3ª). Ou, deixade as grandes louvanças de D’us nas suas gorjas e uma espada de duas folhas nas suas mãos –para cobrar vingança entre os gentis…” (Salmo 58).

Pesaj é uma festa instituída para comemorar a santidade da vingança; o castigo e a destrucção do Faraão e de Egipto que se burlaram e humilharam ao Senhor berrando: “Quem é o Senhor? Eu não conheço ao Senhor…”. Vingança para que o mundo conheça ao Senhor e treme, “Certamente há um D’us que julga na Terra” e “Os rectos disfrutarão quando Ele cobre vingança e lave os seus pês no sangue dos perversos (Salmo 58). E por que? Porque é só mediante a sua vingança que fica demonstrado que há, sem dúvida, um D’us no mundo, que existe o Bem e o Mal, e o castigo para o mal. Quando os perversos assassinam, e a injustiça reina, o perverso berrará: “Não há D’us, porque se o houver já me teria castigado”. E a vítima na sua agonia está dacordo. Quando não há vingança nem castigo e os perversos reinam, D’us é empujado do seu trono, é a desecração do nome de D’us.

E novamente, “O Senhor é conhecido pelo juízo que fez” (Salmo 9). E, por suposto, o Salmo que é lido antes do dia de Graça depois da comida, um Salmo que sume no terror ao gentis que se acham arredor da mesa:

" Ah! filha de Babilônia, que vas ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste a nós. Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles contra as pedras” (Salmo 137).

E os judeus de Ashkenaz, que criaram uma pregária de vingança em lembrança dos judeus massacrados durante as Cruzadas, uma pregária que lemos cada Shabat e que diz: “Que Ele vingue o sangue dos seus servos que tem sido derramado, e está escrito na Torá de Moisês, o homem de D’us: ‘Oh gentis, Ele vingará o sangue dos seus servos, dará castigo aos seus inimigos e fazer-lhes-á expiar pela sua Terra e o seu Povo’”.

E para os desafortunados e ignorantes que tomam de modo sesgdo as palavras do Talmud, dizendo que D’us impediu que os anjos se regozijassem da sorte dos egípcios, atormentemo-los insistindo na integridade do texto talmúdico:

É certo que Ele não se alegra mas causa regocijo nos demais”.

Por suposto o Todopoderoso, o Pai de todos, sofre pelos seus filhos –por todos. Ele não canta. Os seus anjos, que não são deste mundo, não cantam. MAS OS JUDEUS CANTAM –E TÊM O MANDAMENTO DE FAZÊ-LO. Pela mesma razão que o mesmíssimo Todopoderoso que não canta, tem que destruir o trabalho feito com as Suas mãos pela maldade de aqueles.

Si, por suposto que Ele sofre por aqueles feitos à sua image e semelhança, e que têm chegado a ser tão perversos destruñindo a grandeza da sua image. Mas no seu sofrimento não há lugar para a lástima. Destrue-os: sabe que o Mal e Ele não podem habitar o mesmo mundo. E assim é que os rabinos proclamam (Shmot Raba 23): “E depois Moisês e os filhos de Israel cantaram”.

A incrível perversão do judaísmo pelos derrotistas e confusos helenistas! Os nossos rabinos disseram-nos (Midrash Avchir): “E Israel viu a grande mão de D’us: Quando o Todopoderoso se dispunha a afogar aos egípcios, o Arcanjo de Egipto (Uza) dixo:
Soberano do Universo! Dizem que es justo e recto…por que queres afogar aos egípcios? Nesse momento, apareceu Gabriel e tomando um ladrilho dixo: Soberano do Universo! Terás piedade destes que escravizaram aos teus filhos com uma escravidão tão terrível? Imediatamente o Todopoderoso procedeu a afogá-los”.

Pesaj é a festividade que promulga a morte e destrucção do Mal, e a não coexistência com ele.

E esse, querido judeu, é o motivo pelo que a Torá recolheu para a posterioridade o canto de Moisês e de Israel mentres os egípcios afogavam-se no Mar Vermelho. Sim, o castigo colectivo contra os egípcios, incluso as serventas e os criados egípcios morreram, porque estavam conformes com a opressão que sofreram os judeus. (Que dizer das massas de árabes em Israel que bailavam sobre os telhados mentres os Scuds de Saddam Hussein caiam em Tel Aviv…).

Não há perdão para eles. Pesaj é a festividade da santificação do nome de D’us. Da vingança contra os malvados.

E se ao rabino do templo não lhe gosta, que se adique a outra coisa. E se o vizinho gentil sente-se violento, que não acuda ao convite. Se o “judeu” está confuso, que acuda a uma Yeshiva (a uma genuína) e que aprenda autêntico Judaísmo. E depois, que celebre a Pesaj da maneira adequada, à maneira dos judeus:

Derrama a tua ira…”.



RABBI MEIR KAHANE (HY’D)

1988

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