O Grande Rabinato de Israel vem de romper relações com o Vaticano, abandoando uma Conferência que tinham programada. O facto não tem a ver com diferenças teológicas: o Rabinato não tem problema em cooperar com aqueles dos que os seus membros fazem bulra nas orações diárias como idólatras; não é divertido que os rabinos se sentem numa conferência com os católicos, depois se retirem a rezar o Aleinu para vilipendiá-los, e logo regressem à conferência?
A ruptura com o Vaticano também não está relacionada com questões lacerantes como a propriedade dos manuscritos judeus imensamente valiosos confiscados pelo Vaticano tras os progromos. Nem lhes importa aos rabinos a onda de incitação ánti-semita desde os púlpitos católicos, desde Polônia a Venezuela.
O distanciamento tem a ver com uma decisão técnica do Papa: a negativa a dar excomunhão a um grupo fundamentalista marginal, um de cujos membros nega o Holocausto. Suspenderia o Grande Rabinato as suas relações com o Estado de Israel pelo facto de que haja aquí demassiados neonázis?
OBADIAH SHOHER
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