Apesar da pressão dos EEUU e dos esforços de Peres, Lieberman emergeu como terceiro em discórdia ante a possibilidade duma grande coaligação Likud-Kadima. Por raro que pareça. As possibilidades de Lieberman de entrar no regateo pelo poder seriam maiores num Governo reduzido, onde poderia fazer e desfazer ao seu antolho; porém, num Governo de ampla base, o seu partido é irrelevante, na medida em que haverá suficientes membros da Knesset que sustentem a gestião.
É improvável que Lieberman arrisque as suas credenciais de “falcão” forçando a inclusão de Kadima na coaligação só para fazer mais irrelevantes aos partidos religiosos e impulsar a sua lei de matrimônios civis.
Bem é certo que propiciando uma coaligação de Governo muito ampla, Liberman remuneraria o respaldo de Kadima durante a campanha eleitoral –Kadima apoiou a Lieberman para restar-lhe votos ao Likud-, ou seria uma forma de suborná-los para que freassem o procedimento criminal emprendido contra ele.
Doutra banda, Kadima aceita todas as exigências de Lieberman agás a prova de lealdade para manter a cidadania, facilitando o caminho para um Governo sem o Likud. Netanyahu estaria encantado de contar com Livni na coaligação, propiciando assim um Governo amorfo de unidade nacional.
Num movimento de grande interesse jornalístico (mas surpresivamente ignorado), Lieberman tem partido urgentemente face Bielorrússia –provavelmente para reunir-se com os seus grandes patrocinadores que o terão chamado a consultas. Durante a sua ausência, as negociações de Israel Beiteinu são dirigidas por Misezhnikov Stanislav (com um bonito nome eslavo, Stanislav).
Ora bem, se até Kadima está disposta a aceitar todas as suas demandas, que era o que tinha tão de “extrema direita” Lieberman?
Etiquetas: Breves de Obadiah
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