Por vez primeira os não muçulmãos têm começado a tomar nota das vítimas dos assassinatos de honra islâmicos, e a fazer saber aos seus verdugos que essas vítimas não serão esquecidas, ou os seus assassinos ignorados. Sendos monumentos a Aqsa Parvez estám sendo erigidos na cidade canadiana de Pelham (Ontario) e em Jerusalém.

Lembrades a Aqsa Parvez? Foi brutalmente assassinada pelo seu pai e irmão em Dezembro de 2007 por negar-se a levar o pano islâmico. Mas isso foi só o começo. O crime contra esta rapaza continuou. Foi soterrada numa tumba sem nome. A sua família negou-se a reconhecê-la porque os “deshonrara”. Desafiando aos seus devotos pai e irmão, Aqsa negara-se a viver sob o sofocante ditado da lei islâmica. Esta estudante de 4º de Ensino Secundário começou a prescindir da sua hijab, o velo tradicional islâmico, quando chegou ao instituto, e só o punha quando regressava a casa. O pai acudia ao seu centro de estudos durante as horas lectivas e merodeava tratando de surprendê-la sem o atuendo islâmico, falando com rapazes ou tratando com “não muçulmãos”. “Ela queria vestir como nós”, dixo um amigo de Aqsa, “ser normal”. E é por isso pelo que a sua família prefere que seja esquecida –desconhecida, ignorada.

O passado mes de Dezembro, quando lim que Aqsa jazia numa tumba sem identificar, sentim-me fatal. Comezei uma recolecta para sufragar uma lápida. Mas não sabia quam dificil e desagradável resulta o simples facto de querer honrar a uma adolescente de Canadá que só pretendia ser livre -e quam entusiastamente os occidentais não-muçulmãos seriam capazes de incitar à família de Aqsa para que a deshonrem em morte, igual que figeram em vida.

Os seguidores do meu blogue, Atlas Shrugs.com abriram os seus corações e as suas carteiras, e contribuíram com 5.000 $ para adquirir uma lápida em memória de Aqsa. Robert Spencer, de Yihad Watch, uniu-se à iniciativa, e aprovamos um desenho para a lápida que dizia: “Na amada memória de Aqsa Parvez, 22 de Abril de 1991 – 10 de Dezembro de 2007 –Amada, lembrada e livre”. Tudo ía conforme o previsto até que, tras um longo silêncio, o Cimitério Meadowvale de Brampton, Ontario, onde Aqsa está soterrada, comunicou-me que a família (sim, a família que a assassinara) negava-se a autorizar a lápida. O director do cimitério dixo: “A família quedou de vir a visitar-me. Agardo vê-los em breve”.

Por suposto, a família nunca acudiu, e quando perguntamos sobre como poder acceder a uma parcela próxima à onde jaz o corpo de Aqsa, dixo-se-nos que era impossível. Nem uma parcela, nem uma árvore, nem uma pedra. Tudo fora adquirido pela Sociedade Islâmica de Norteamérica. Por aqueles dias, eu intentara pôr-me em contacto com os familiares, mas eles não contestavam às minhas chamadas. Numa oportunidade conseguim fazê-lo, mas escusaram-se dizendo que não entendiam inglês. E mantiveram-se firmes: a família negava-se a permitir uma lápida na fosa de Aqsa e, com a autorização das autoridades do cimitério, afirmavam que a arrancariam se alguém chegava a colocá-la.

Mas estávamos firmemente decididos a lograr que Aqsa fosse lembrada. Intentamo-lo noutras localidades, figemos gestiões, mas sempre tinham de serem canceladas a última hora por…medo. Intentamo-lo no Jardim Botânico da Universidade de Guelph, em Ontario, mas um responsável da Universidade escreveu-nos dizendo que “um monumento a Aqsa Parvez distraeria a atenção do público entrando em conflito com o objecto do Jardim Botânico” (sic).

Mas não todo o mundo estava pelo labor de saír fogindo ante a violência islâmica contra as mulheres. Scott McLeod, chefe dos bombeiros de Pelham, propujo uma resolução para render honra a Aqsa à concelheira local Sharon Cook, e esta impulsou o projecto logrando que fosse aprovado. O Monumento a Aqsa Parvez será erigido em Pelham este verão. Uma placa de granito levará a inscripção: : “Na amada memória de Aqsa Parvez, 22 de Abril de 1991 – 10 de Dezembro de 2007 –Amada, lembrada e livre”.

Estará empraçado no Parque da Paz Aqsa Parvez.

Sim, O Parque da Paz Aqsa Parvez. Acredito que lhe teria gostado.

E, para além disso, a Arvoreda Aqsa Parvez que estamos plantando no Parque da Independência Americana de Jerusalém (Israel), onde a placa rezará: “Na amada memória de Aqsa Parvez e todas as vítimas dos crimes de honra”.

Os monumentos de Pelham e Jerusalém são o primeiro aviso de que no Mundo Livre não vamos ficar calados mentres o Mundo Islâmico trata brutalmente às mulheres como se fossem piores que bassura. São dois pequenos passos face uma mais ampla resistência contra os crimes de honra em Occidente e em qualquer parte do mundo.



PAMELA GELLER

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