A comunidade internacional não pressionou a Rússia pelas suas imensas atrozidades contra Chechênia, ou a dos chineses contra os muçulmãos Uighures. À comunidade internacional não lhe preocupam os bascos, bretões, peles-vermelhas, e as reivindicações doutras minorias oprimidas. Os EEUU edificaram-se sobre território ocupado. Mas a absolutamente insignificante tribo dos árabes palestinianos colheita a atenção de todo o mundo. Os mesmos meios de comunicação negam-se a prestar atenção à penalidade doutros árabes: os chiítas na Arábia Saudi, os cristãos em Egipto, os palestinianos de Kuwait. etc. A única razão imaginável para a passião mundial pelos palestinianos tem um nome: ánti-semitismo.
A maioria das falácias ánti-semitas têm uma pisca de verdade distorsonada, e assim mesmo, a falácia palestiniana é autêntica até certo ponto: os palestinianos vivem muito melhor baixo o mandato israeli, embora fossem menos livres e –o que é mais importante- careçam de soberania. Mas o clamor de apoio aos árabes palestinianos não vai dirigido a apoiá-los, senão mais bem a condear aos judeus.
Os judeus viveram pacificamente com os muçulmãos durante séculos, mas nunca vivemos de modo confortável em nenhum país cristão; inclusso os EEUU foram profundamente ánti-semitas até mediados do século XX. O conflito israeli com os nacionalistas árabes procede, em grande parte, do comportamento dos cristãos. As nações cristãs abocaram a Israel a umas fronteiras impossíveis de defender. Os árabes não combateriam contra uma Israel relativamente grande que estiver dentro das fronteiras da Terra Prometida; mas o corredor de praias a que tem ficado reduzida Israel, é algo provocadoramente indefendível. Os cristãos EEUU, mais do que o muçulmão Egipto, obrigaram a Israel a entregar o Sinai. Os poderes cristãos financiam as guerras árabes com Israel a câmbio de petróleo, e sustentam essas guerras vendendo armamento sofisticado aos árabes. Para além do que dizem os rabinos progressistas, Maimónides declarou no capítulo 11 das “Leis dos Reis”, que “Jesus de Nazareth condeou a Israel a morrer baixo a espada e a que os seus restos fossem dispersos e degradados. Reempraçou a Torá e arrastou à maior parte do mundo a adorar a um homem para além do Senhor”.
O apoio cristão a Israel tem-se exagerado. Uma mentalidade ánti-semita com dois milheiros de anos de antigüidade não se pode cambiar em pouco tempo. Israel goça do apoio de vários movimento messiânicos, sim, mas que são anedóticos dentro do Cristanismo. Inclusso para essas igrejas, Israel só é um instrumento da apoteose messiânica. Se o Estado judeu desaparecesse numa guerra apocalíptica, os messiânicos interpretariam-no como uma ratificação das suas profecias.
Existem cristãos que apreçam sinceramente aos judeus, e ainda mais que ódiam aos muçulmãos e vem aos judeus como um aliado útil. Mas Israel nunca poderá confiar na corrente dominante cristã.
A curiosidade e a indiferença são a melhor actitude que nos cabe agardar dos cristãos.
OBADIAH SHOHER
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