O ESCÂNDALO LIEBERMAN


A sombra dum escândalo planea nos mass média israelis ante a pretensão de Lieberman de apresentar-se como uma “pomba”. Preparando o caminho para assaltar a carteira de Assuntos Exteriores, Lieberman manifestou numa entrevista no “The Washington Post” o seu compromiso com a criação dum Estado palestiniano. Isso não deveria ser notícia: o plano de intercâmbio de populações de Lieberman partia da premisa de criar um Estado palestiniano em Eretz Israel.

Perguntado sobre por que o seu partido mantivera oculta esta pretensão durante a passada campanha eleitoral, o membro da Knesset de Israel Beitenu, Danny Ayalon, dixo que “ninguém nos perguntou durante a campanha se estávamos a favor dum Estado palestiniano”.

A percepção de que Lieberman era contrário a um Estado palestiniano foi o maior dos factores no seu apoio eleitoral.

Isto é, sobretudo, um problema para Finkelstein* –o fabricante de líderes da direita. A sua empressa levou à vitória a Netanyahu em 1996, mas romperam relações quando este dou um giro à esquerda. Agora tem feito o mesmo com Lieberman, mas os efectos vam ser os mesmos. Semelha que Finkelstein vai ficar sem clientes em Israel.


* [Arthur Finkelstein, dirige a consultoria “Arthur J. Finkelstein and Associates” e tem coordinado as campanhas políticas de destacados dirigentes conservadores norteamericanos e israelis, entre outras a de Richard Nixon, Ronald Reagan, Bob Dole, Ariel Sharon e recentemente a de Avigdor Lieberman].



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