As fronteiras são representações gráficas do equilibrio de poderes actual. Estám em constante fluxo e sempre têm estado. Todo intento dos estado-nação de santificar as fronteiras para preservar um státus quo beneficioso é futil.
(Obadiah Shoher)
Muitas unidades de combate das IDF estám completamente segregadas. Só homens.
Controlo a patrulha, qual é a sua posição exacta?
“…”
Controlo a patrulha, anote isto. Precaução, três veículos estám despraçando-se face a sua posição, na vossa ruta. Toma nota?
“…”
Controlo a patrulha, Roger and out *
Pode que achedes familiar esta conversa. Provavelmente tendes visto ou escuitado algo semelhante nalgum filme de acção. Mas para um soldado israeli esta voz tem um significado muito maior. É impossível deduci-lo a partir da transcripção da conversa, mas esse “Controlo” é toda a companhia fiminina da que desfruta um soldado durante as semanas que passa na base. Sim, esse “Controlo” é quase sempre a voz duma rapaza sentada nalgum sítio e observando-te desde o alto.
Numa unidade de campanha passamos todo o tempo com a Companhia. Rapazes. Só rapazes. Dúzias de eles. A irmandade é inacreditável e muito apreçada, mas às vezes essa suave voz fiminina no rádio-comando é a única coisa que te permite evadir-te do soldado que es, e sentir-te (por um momento) como um tipo normal.
Controlo a patrulha, como vam as coisas?
Controlo a patrulha, gostaria-te continuar esta conversa arredor duma taza de cafê?
Controlo a patrulha, este é o meu número. Chama-me.
Estas últimas frases nunca serão pronunciadas. Nenhum desses “Controlo” e “Patrulha” se chegarão a conhecer jamais. Nenhuma relação nascerá daí. Mas para um soldado vigiando o seu posto ou fazendo a patrulha, é verdadeiramente uma forma de amor…a primeira voz.
Dedicado às rapazas de “Controlo” que estám aí fóra…
* Roger and Out: Convenção do código morse que significa Sim, comprendido
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