KADIMA AMANHOU AS ELEIÇOES


Todas as enquisas eleitorais pronosticavam que Lieberman obteria entre 18 e 19 assentos, e Kadima um par de eles por detrás do Likud. Assim que os 15 escanos obtidos por Lieberman e o assento de ventagem de Kadima sobre o Likud resultam um pouco raros. É impensável que os potenciais votantes de Lieberman ao final votassem Kadima. Likud ou União Nacional é possível, mas nunca Kadima: os que rechaçam que os árabes sejam cidadãos israelis e exigem uma resposta severa contra os ataques de Hamas não podem cambiar, de súpeto, a sua forma de pensar e começar um idílio com Tzipi a vegetariana.

Kadima poderia ter obtido mais votos –procedentes dos árabes- dos que pronosticavam as enquisas: naturalmente, os árabes pretenderiam amosar-se fortes ante as perguntas dos enquisadores e rechaçar que fossem votar por um partido judeu. Não em váu, Kadima e Avodah prometeram sem nenhum disimulo grandes prebendas para as comunidades árabes a câmbio do seu voto. Mas, aonde foram parar os (18 – 15 = 3) escanos de Lieberman?

A única explicação plausível é que Kadima roubasse os votos equivalentes dos três assentos de Lieberman, exactamente os necessários para superar a diferença de dois que as enquisas lhes davam por debaixo do Likud, e rematar obtendo um assento mais que Bibi. Considerando o silêncio de Lieberman no evidente fraude eleitoral, provavelmente recebeu uma contraprestação de Kadima, o qual não seria descabelado quando advertímos que os managers eleitorais de Kadima trabalharam duro para Lieberman tratando de disuadir ao eleitorado de votar Likud.

OBADIAH SHOHER

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