VENEZUELA ON MY MIND




Os que me conhecedes sabedes que o meu marido, Isaac, nasceu em Venezuela. Sempre fala duma infância idílica: família, amigos, a sinagoga, a comunidade Bnei Akiva, e tudo num fermoso e próspero país onde os judeus eram tratados com respeito e equitativamente.



Venezuela já não é aquele país, tem deixado de sê-lo há muito tempo. Isto deve-se maiormente ao máu governo e à corrupção. O actual presidente de Venezuela, Hugo Chávez, é um ditador que tem rematado dum prumazo com a liberdade de expressão, tomado controlo dos meios de producção privados e fomentado um clima de ánti-semitismo, do tipo “Israel-ocupante-opressora-perpetra-crimes-de-guerra”.

Aproximativamente 15.000 judeus seguem aínda em Venezuela, dos 30.000 que viviam aqui dez anos atrás. A maioria destes têm fogido aos EEUU; uns quantos têm regressado a Israel. Entre os judeus que têm ficado está a irmá de Isaac, o seu curmão e os nossostrês sobrinhos, que não têm plano imediatos de abandoar o país.


Isaac tem-se monstrado muito contrariado com o curso dos acontecimentos em Venezuela, e observando estas fotos sinto uma lástima muito grande por ele. Cada vez que vejo uma sinagoga profanada escandalizo-me. Isaac, mais bem, sinte desesperação, de saber que isto está sucedendo a gentes com as que tem um forte vínculo e num lugar que no seu dia amou.


O estribilho duma velha canção israeli dizia assim:


"ונצואלה, ונצואלה אין דומה לה" "Venezuela, Venezuela, nada há comparável".


É triste ver como o lugar que um dia foi o teu fogar se converte num sítio atemorizante. Por isso digo aos familiares, amigos e companheiros judeus: marchade. Vinde a Israel se podedes, mas se não podedes, ide-vos onde seja, mas marchade. Não acredito que a comunidade judea poida sobreviver nem prosperar em Venezuela.


Ide-vos, mentres poidades.



BAILA

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