A FALÁCIA DA LEALDADE

Nas recentes eleições israelis, o partido de Avigdor Lieberman, Yisrael Beiteinu, logrou 15 assentos na Knesset. O lema do partido de “Sem lealdade não há cidadania” fixo-se ouvir entre os israelis tras contemplar aos cidadãos árabe-israelis animando a Hamas durante o último conflito em Gaza.


Lieberman capitalizou os discursos e acções constitutivos de alta traição dos membros árabe-“israelis” da Knesset, no que foi uma clara percepção de que a população árabe em Israel constitui uma quinta coluna.

Falando sobre os membros árabes da Knesset, entre eles um que viajou a Síria tratando de fogir das acusações de traição, os simpatizantes e amigos de Fatah e Hamas, e outros que se têm reunido repetidamente com os inimigos de Israel –mentres percebiam o seu salário do nosso Estado- dixo: “Ao rematar a 2ª Guerra Mundial, não só foram executados os criminais nos juízos de Nuremberg, senão também aqueles que colaboraram com eles. Espero que esse seja o destino dos colaboracionistas que se sentam na Knesset”.


Todos os anos, quando os judeus israelis tomam as ruas para celebrar o seu Dia da Independência, os árabes de Israel comemoram o Dia da Nakba (Desastre). Nessa jornada, choram, condeiam e juram eliminar o Estado no que vivem e que lhes outorga plenos direitos democrático. Os judeus israelis sentem-se molestos quando observam a estas gentes, que possuem mais direitos e privilégios que qualquer árabe dos demais países árabes, manifestando-se contra o seu Estado. Igual que não existe razão alguma para consentir as comemorações da Nakba durante o Dia da Independência israeli, resulta totalmente hipócrita que os judeus israelis esperem que os árabes bailem e celebrem o Yom HaAtzmaut. Recentemente informavam os meios de comunicação que um Ministro árabe-israeli se negara a cantar o hino israeli, “HaTikva”. Comprensivelmente, os judeus enfurezeram-se de que um Ministro do seu Governo rechaçasse cantar o hino nacional, embora é irracional agardar que um árabe cante a continuação dos 2000 anos de velha esperança, golpeando “a alma judea”, “de ser uma nação livre nesta terra, a terra de Sion e Jerusalém”.


Nenhum Estado tem a obriga de apoiar e permitir uma quinta coluna dentro das suas próprias fronteiras, e não serei eu quem sinta simpatia pelos cidadãos árabes de Israel que tomam as ruas de Israel para proclamar a sua admiração por Hama. Tras uns quantos ataques terroristas em Jerusalém, como a massacre de estudantes da Yeshiva e várias sabotagens com bulldozers e outros veículos, perpetradas por residentes árabes de Jerusalém Leste –e que foram recebidos com júbilo e alegria pelos cidadãos árabes de Israel- poucos poderão sustentar que os árabes são cidadãos leais. Em palavras dos manifestantes árabe-israelis da Universidade Hebrea: “Todos somos palestinianos”. É inqüestionável, pois, a identidade dos árabes israelis. Não obstante, acredito que o lema de Lieberman é errôneo. Uma ameaça aínda maior, em muitos sentidos, para a continuidade de Israel como Estado judeu, que os árabes são os centos de milheiros de goyim russos procedentes da antiga URSS. Muitos deles são orgulhosos cidadãos, servem no exército, pagam os seus impostos e apoiam o Estado. Mas, apesar de tudo isso, não são judeus. Muitos dos parlamentários de Lieberman são imigrantes russos que não são judeus dacordo com a Lei judea. Para apaciguá-los, algumas das suas políticas vam encaminhadas a um processo de conversão express, matrimônios civis, permiso de transporte público em Shabat e permitir a venda de porco, coisas todas elas que socavam o carácter judeu do Estado. A lealdade destes cidadãos goyim não pode ser qüestionada (excluíndo aos neo-názis, suponho) mas contudo não podem ser considerados plenamente cidadãos, na medida em que não são judeus. A proposta de Lieberman implica que os goyim russos, os árabes, os beduínos ou os drusos, se asinam uma declaração de lealdade ao Estado, não serão diferentes de qualquer outro israeli. Isto supõe, de facto, uma receita para a plena assimilação.


Israel foi fundada para ser um Estado judeu, para proporcionar um fogar ao povo judeu. Na medida em que Israel é um país democrático, para ser qualificado como Estado judeu, debe reunir uma série de características judeas. Isto inclui a celebração pública das festividades judeas, o feche de estabelecimentos e transportes em Shabat, restricções à venda de porco, e o controlo do Rabinato sobre o ciclo vital da judearia, como as vodas, nacimentos, funerais e enterros. Em todo o mundo, as comunidades judeas estám-se atrofiando e morrendo, com a excepção dos judeus religiosamente motivados, devido a uma escalofriante alta taxa de matrimônios mixtos. Israel é (com a excepção de Canadá e Alemanha) a única comunidade judea que cresce graças a uma taxa de nascimentos saudável e normal. As propostas de Lieberman de que ser israelita simplesmente depende dum pacto com o Estado são muito, muito perigosas para a natureza judea de Isral. Não fazerá senão importar a catastrofe assimiladora da Diáspora à nossa Terra Sagrada.


Um árabe não pode sentir lealdade a um Estado que oficialmente se denomina “o Estado Judeu”, cuja bandeira tem uma estrela judea no centro, cujo hino fala do “espírito judeu anelante”. Um árabe não pode celebrar o dia em que foi derrotado, no que sinte (erroneamente) que a sua terra lhe foi arrebatada. Exigir-lhe que pisotee o seu orgulho nacional e aspirações e que asine uma declaração de lealdade é simplesmente absurdo. O projecto e intentos de converter Israel num país occidental helenizado e divorciado da sua herdança judea deve ser rechaçado talhantemente. Não importa quam leais poidam ser um gói russo ou um druso, não são judeus e não podem casar com judeus. Se o requisito para a “israelidade” é a mera lealdade, virão abaixo todas as fronteiras entre o que é um judeu e o que não o é, as barreiras que impedem o matrimônio mixto e garantem a supervivência judea. Não argumento com a evidência de que os árabes devem marchar, que Israel não pode permitir uma crecente e hostil minoria que ataque aos judeus, ajude aos terroristas islâmicos e planifique a nossa destrucção. O essencial é regressar às nossas raízes judeas, advertir que fogindo do judaísmo, afastamo-nos do sionismo. Só há uma justificação para construir um Estado judeu no coração do mundo árabe, no meio de 1.000 milhões de muçulmãos. Por que sofrer e combater por este pequeno pedaço de terra se todo o que queremos é levar uma boa vida tranquilos, ir à praia, de compras, aos clubes e desfrutar? Existem quase um milhão de israelis vivendo em New York, Los Angeles, Miami e outros lugares apacíveis. A única razão para este Estado é o judaísmo: construir uma pátria judea no seu antigo fogar. Israel é judea e democrática, mas ambas coisas não têm a mesma importância. O mundo conta com muitas democracias progressistas, multiculturais e seculares. Criar uma mais não é razão suficiente para estar em permanente antagonismo com a comunidade internacional. A base de Israel está firmemente assentada no juadísmo. O judaísmo exige viver “separados das nações”, impedir a assimilação e a desaparição. O projecto de Lieberman derruba qualquer conceito contido na Torá e as mitzvot para ser judeus, ou israelis. É, de facto, um suicídio para Israel.


Melhor lema seria: “A Nação de Israel, na Terra de Israel, segundo a Torá de Israel”.



BAR KOCHBA (FOR ZION’S SAKE)

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