Os judeus progres são contraditórios. Pretendem silenciar aos que negam o Holocausto no Facebook, mas apoiam as tentativas dos muçulmãos de silenciar àqueles que difamam a sua religião. Para eles uma afrenta contra D’us é incomesuravelmente mais ofensiva que contra qualquer quantidade das suaa crianças.
Nada tem de máu bulrar-se dos inimigos empregando a falsa moralina. O problema começa quando os judeus acreditam nos seus próprios disparates.
A negação do Holocausto é um assunto muito sensível para os judeus –não para ninguém mais, sem embargo. Acalar aos que o negam é politicamente oportuno –embora não evitará a seguinte catástrofe que soe acaecer aos judeus cada dois séculos, mais ou menos. Na medida em que podamos silenciar aos que negam o Holocausto é algo positivo, uma forma de honrar aos nossos irmãos e irmãs mortas ou, mais bem, de evitar que os bocazas ántisemitas deshonrem a sua memória.
Nada na doutrina progressista, porém, brinda ferramentas para acalar aos negadores do Holocausto. Se os acadêmicos e o público em geral debatem sobre a conveniência do ataque nuclear a Hiroshima, o bombardeo de Dresde, o assassinato de milhões de vietnamitas, e eventos de criminalidade semelhante, por que reprimir o debate sobre o Holocausto? Em termos de tempo transcorrido, os assassinatos de vietnamitas são mais recentes que os do Holocausto. Imaginade os sentimentos dum vietnamita que perdeu a toda a sua família num raid quando escuita num sesudo debate se a matança foi convinte em termos geopolíticos. Tendo-me salvado do Holocausto por uma estreita marge de anos, eu podo imaginar os seus sentimentos muito bem.
Temos direito a ser ofensivos. Inclusso existem muitas coisas avondo mais ofensivas que negar o Holocausto ao nosso arredor: as igrejas de Jerusalém exibindo o que eles pensam que são imagens de D’us nas suas fachadas, os desfiles homosexuais na Terra de Israel, ou Shimon Peres, por nomear só umas quantas. Ressulta molesto quando os que negam o Holocausto vilipendiam a memória dos seis milhões, ma também é molesto quando outros vilipendiam a Meir Kahane ou Yigal Amir. Negar o Holocausto supostamente põe em perigo aos judeus, mas negar o judaísmo nas escolas israelis sentencia-nos sem nenhum gênero de dúvida.
O único modo de nivelar a liberdade de ofender e a liberdade de viver a salvo –incluíndo moralmente a salvo- é o proposto pelo anarquismo. Trata-se aqui de níveis de comunidade. A uniformidade moral é negativa, muito negativa. Os neo-názis deveriam ser autorizados a usar plenamente a liberdade de expressão, agás quando se trate de incitação directa –na sua virtual ou actual, se é que a têm, forma de comunidade. Os homosexuais fóra da Terra de Israel poderiam fazer desfiles dia e noite nas suas próprias comunidades. As cidades árabe-israelis como Umm al Fahm deveriam ser autorizadas a proibir o acceso de patriotas judeus, pombas, homosexuais e qualquer outra coisa que não queiram ter ali. Os ultraortodoxos do vizindário de Mea Sharim, em Jerusalém, deevriam ter liberdade de fazer circular autobuses sexualmente segregados, proibir às mulheres solteiras passear em companhia masculina, e queimar os livros de Física.
E em Hebron, deveríamos ter o direito de proscrever aos membros de Paz Agora até transcorridas quatro gerações.
OBADIAH SHOHER
17 Iyar 5769 / 11 Maio 2009
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