A HISTÉRIA DO REI ABDULA

Numa entrevista em “The Times”, o principinho jordano Abdula qualificou o problema israeli-palestiniano como a mãe de todos os males. Como é usual, Abdula advertiu dum conflito maior se Israel fracassa na procura de acomodo para os palestinianos.

De facto, Jordânia é o único país interessado na paz entre Israel e os palestinianos. A guerra radicaliza cada vez mais à maioria palestiniana de Jordânia, que sonha com derrocar ao pintoresco monarca. Abdula não pode rechaçar seguir dando apoio a Hamas, que utiliza o seu país –em paz com Israel- para fazer circular cointingentes de armamento.

Um Estado palestiniano independente ofereceria a Abdula a melhor possibilidade de anexioná-lo numa confederação. Embora actualmente não propugne uma confederação palestiniana para evitar ser acusado de responsabilidades no agir terrorista.

Abdula está muito próximo a Obama, e foi o primeiro dirigente do mundo árabe em visitá-lo tras a vitória eleitoral. A primeira chamada exterior de Obama tras a sua eleição foi, porém, para Abu Mazen.

Abdula exemplifica a propensão árabe à ambigüidade: se Israel aceita a sua oferta, terá paz com 57 países muçulmãos –embora não com Iran, que é mais forte que todos eles juntos. Se Israel rechaça a oferta terá guerra. O que não se menciona é que Israel já tem estado em guerra durante 62 anos, derrotando aos seus inimigos árabes em todas as confrontações, pelo que deveriam ser os árabes os que pagassem um preço por rematar as hostilidades.

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